Compositor: Negrita
Eu não sou inteligente, mas no fundo tá tudo muito claro
Vocês, donos da Terra, que se entopem de grana
Fizeram bem as contas, tudo bem calculado
Que enriquecer com a guerra aqui não é nada errado
E querem que a gente mate por duas fronteiras e três bandeiras
Dos estúpidos joguinhos em seu sujo tabuleiro
Com a antiga estratégia de dividir pra reinar
Mas mandam vossos filhos pra morrer nas fronteiras
Se não existem inimigos, de repente são criados
Incitando os medos nostele-jornais e nas manchetes
É uma história que rola desde antes de eu nascer
Se faltam desculpas, então chamem Deus pra resolver
Mas que Deus os amaldiçoe e os coloque numa cova
Pra que eu possa enterrá-los com flores e fanfarra
E nós estaremos lá, sorrindo e observando
Pra ver se vocês realmente morreram e não podem voltar jamais
Já me vejo censurado, mas não ligo pro que vão fazer
Afinal, tenho olhos pra ver e uma língua pra falar
Se não gostam do que digo, não me tomem como exemplo
Mas não serei eu a atirar no meu irmão
Essa minha maldição é uma canção, tem que ser cantada
Em nome de toda a gente, daquela morta e recém nata
Desculpem os tons pesados, mas já tô enjoado
Enquanto busco entre as estrelas a beleza da criação
E olho pro azul, e de repente tudo isso não existe mais
E dá pra voar de novo e pousar no planeta que não há
Longe desses tolos chipanzés
No azul, e de repente tudo isso não existe mais
E dá pra voar de novo, pousando no planeta que não há
Longe desses tolos chipanzés
No azul, no azul, no azul, no azul, no azul
No azul, no azul, lá em cima, no azul
No azul
No azul, no azul, no azul (no azul), no azul (no azul)